ESTUDANDO O SUICÍDIO

Por Cristina Maria ESTUDANDO O SUICÍDIO Editora Clube de Autores – 2021 – 2ª edição Penso que o primeiro impacto que este livro causa seja o seu título. Um título que traz a palavra “suicídio” já causa certo mal estar, certo mal entendido quanto ao seu conteúdo. Isso se deve ao fato de haver ainda grande tabu no entorno desse tema. A grande massa, inclusive da mídia, acredita que essa temática não deve ser comentada para não incutir esta ideia em quem não pensa nisso como alternativa, como se a responsabilidade por existir este triste evento, ao qual muitos infelizmente recorrem, pudesse ser atribuída ao enfrentamento do problema ‘suicídio’, com sua exposição pública. Ledo engano. Exatamente por haver grande número de casos de suicídio no Brasil e no mundo é que se deve enfrentar com toda a coragem e honestidade esta questão. Cresce exponencialmente o número de casos de autocídio em nosso país, assim como no resto do planeta. A necessidade de se compreender o que leva alguém a buscar tão violento fim é premente. Neste livro a autora busca, de forma objetiva, direta e concisa, trazer à tona as características mais marcantes que envolvem o problema. Assim, a abordagem vem colocada sob três diferentes égides, conforme a seguir expostas: • Enfoque jurídico: neste ponto a autora avalia as formas como a ideia suicida pode chegar à vítima, através de ‘sugestões’ de outrem; ou, do induzimento feito por terceiro a fim de que a outra pessoa se mate; ou mesmo praticando atos de ‘ajuda’ indireta a fim de que a outra pessoa consiga levar a cabo o fim perseguido, isto é a morte através suicídio. • Enfoque psiquiátrico: este está baseado em Cartilha Médica criada em 2014, onde são colocadas estatísticas de mortes por autoaniquilamento, bem como são esmiuçadas as doenças subliminares que acometem àqueles que acabam por tentarem ou cometerem de fato o suicídio (depressão, doenças degenerativas, modo de vida, crenças negativas sobre si mesmo,etc, etc), como reconhecer esta tendência de morte e o que fazer para evitar a tragédia que é alguém se matar. • Enfoque espiritual: atualmente a própria OMS inclui este aspecto como elemento essencial ao conceito de saúde. Evidentemente, que não se trata de nenhuma religião específica, mas da necessidade da crença em algo transcendente como forma de apoio psicoemocional ao ser integral que somos. No caso da obra sob apreço, a autora coloca a visão do assunto segundo a ótica da doutrina espírita, codificada por Allan Kardec no século XIX. O interessante é que o livreto (são só 30 páginas), em que pese trazer conhecimentos das áreas jurídica e médica, está escrito numa linguagem extremamente acessível a qualquer pessoa. Além disso, se o leitor não for adepto da doutrina espírita, nem por isso deixará de obter importantes conhecimentos que o capacitarão a compreender melhor tudo o que envolve a ideação suicida, e, portanto, tornando-o capaz de reconhecer aspectos dessa situação nas pessoas que possam tender a esta brutal e errônea “solução” de problemas, bem como de fato poder ajudar a evitar essa ocorrência. O assunto não tem nada de romântico, visto que nos leva a pensar sobre um tema tão triste, entretanto é de extrema importância para todos nós. Esta é uma leitura que vale a pena. Adquira sua cópia em: www.clubedeautores.com.br www.amazon.com.br www.livrariacultura.com.br www.kobo.com.br Google Play Apple

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